Ruas, ritmos e raízes: Territórios Negros nas encruzilhadas urbanas de São Paulo

Autores

Giselly Barros Rodrigues, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo; Luiz Fernando Zucatelle Duarte, Universidade Nove de Julho; Ellyson Santos Miranda, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo; Tainã Antunes Valgas Dorea, Universidade de São Paulo - USP; Tatiane Helena Borges de Salles, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP; Beatriz Silva Santana, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP

Palavras-chave:

Territórios negros, Memória Negra, Relações étnico-raciais, Relações afro-diaspóricas, Identidade territorial

Sinopse

O e-book Ruas, ritmos e raízes: Territórios Negros nas encruzilhadas urbanas de São Paulo é fruto de uma demanda institucional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e está vinculado a projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas das Relações Étnico-Raciais no Território, Arquitetura e Sociedade (GEPRETAS/IFSP), com apoio dos seguintes programas de fomento: PIBIFSP – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica (Editais SPO.038/2020 e SPO.091/2022), PIBIC-AF/CNPq – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (Edital 215/2023), PIVICT – Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica e/ou Tecnológica (Edital 2024.SPO), e Bolsa Discente – Modalidade Extensão (Editais SPO.097/2022 e SPO.082/2023).

Com abordagem interseccional, decolonial e afrocentrada, a obra propõe um olhar crítico sobre os territórios negros na cidade de São Paulo, destacando a memória, a presença e a resistência da população negra em contextos urbanos marcados geralmente pela exclusão. Dividido em cinco capítulos, o livro aborda os territórios do Bixiga, Brasilândia, Vila Matilde e Parque Peruche, e se estende a Moçambique, por meio de experiências acadêmicas e interculturais. Os textos exploram temas como memórias negras, identidades territoriais, oralidade, afroturismo e conexões afro-diaspóricas, combinando pesquisa documental, escuta ativa e trabalho de campo com comunidades locais.

A partir da construção desta obra, foi possível refletir sobre a necessidade de alcançarmos um futuro ancestral para São Paulo. Nossos esforços, lutas e sonhos vislumbram uma cidade que, aprendendo com as heranças culturais negras e indígenas, seja equitativa, justa e promotora do bem-viver para pessoas de todas as etnias, gêneros, sexualidades, credos, faixas etárias, inserções urbanas e classes sociais.

Alinhada à missão, visão e valores do IFSP, bem como às diretrizes da Lei 10.639/03, a obra reafirma o compromisso com a valorização dos saberes negros, com a justiça social e com a construção de cidades mais plurais e inclusivas. Entre ruas, ritmos e raízes, traçamos caminhos nas encruzilhadas urbanas da cidade, reconhecendo nelas espaços de memória, movimento e pertencimento que orientam a construção de territórios negros vivos, potentes e em constante transformação.

Biografia do Autor

Giselly Barros Rodrigues, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mestre em Habitação pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), Arquiteta e Urbanista pela Universidade Anhembi Morumbi, Líder do GEPRETAS (Grupo de Estudos e Pesquisas das Relações Étnico-raciais no Território, Arquitetura e Sociedade) e integrante do NEABI-IFSP (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena). Coordena o projeto de extensão TENEGRES (Territórios Negros e as Escolas: descobrindo o lado norte de São Paulo – Brasilândia), premiado pelo Programa Ancestralidades de valorização a Pesquisa (Itaú Cultural e Fundação Tide Setubal) em 2024. Suas pesquisas concentram-se nos estudos dos espaços urbanos públicos e de uso público, arquitetura da paisagem, territórios, memórias e identidades negras e periféricas.

Luiz Fernando Zucatelle Duarte, Universidade Nove de Julho

Mestrando em Educação pela Universidade Nove de Julho, Graduado em Turismo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP, integrante do GEPRETAS (Grupo de Estudos e Pesquisas das Relações Étnico-raciais no Território, Arquitetura e Sociedade), do NEABI-IFSP (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena) e do projeto de extensão TENEGRES (Territórios Negros e as Escolas: descobrindo o lado norte de São Paulo – Brasilândia). Atua nas áreas de Educação, Afroturismo e Relações Étnicos-raciais.

Ellyson Santos Miranda, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

Graduando em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), integrante do GEPRETAS (Grupo de Estudos e Pesquisas das Relações Étnico-Raciais no Território, Arquitetura e Sociedade) e do projeto de extensão TENEGRES (Territórios Negros e as Escolas: descobrindo o lado norte de São Paulo – Brasilândia). Associado da Educafro Brasil e embaixador do Programa Aproxima no IFSP – Campus São Paulo, que promove estágios rotativos e formação técnica e cultural complementar para estudantes negros e indígenas de Arquitetura e Urbanismo.

Tainã Antunes Valgas Dorea, Universidade de São Paulo - USP

Mestranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo, Arquiteta e Urbanista pelo IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, integrante do GEPRETAS (Grupo de Estudos e Pesquisas das Relações Étnico-raciais no Território, Arquitetura e Sociedade) e do Labdias (Laboratório de Estudos de Cultura, Cidade e Diáspora). Atua nas áreas de Paisagismo, Paisagem e Cultura.

Tatiane Helena Borges de Salles, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP

Doutoranda e Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Especialista em Gestão de Arquivos pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e em Letramento informacional pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Graduada em Biblioteconomia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Federal de São Carlos (UFScar). Integrante do GEPRETAS (Grupo de Estudos e Pesquisas das Relações Étnico-raciais no Território, Arquitetura e Sociedade) e do NEABI-IFSP (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena). Atua nas áreas de Ciência da Informação, Biblioteconomia, Educação para as relações étnico-raciais, Letramento informacional e descolonização de acervos.

Beatriz Silva Santana, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP

Arquiteta e Urbanista pelo IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, integrante do GEPRETAS (Grupo de Estudos e Pesquisas das Relações Étnico-raciais no Território, Arquitetura e Sociedade) e do Coletivo Maria Punga. Estuda territórios negros nos espaços urbanos da cidade de São Paulo, no campo do urbanismo e da paisagem.

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Publicado

8 setembro 2025

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