Mímica no aquário predileto
Palavras-chave:
Romance, Teoria Literária, Juventude, AlteridadeSinopse
Mímica no aquário predileto é um típico texto de nosso tempo, pois indelimita as fronteiras pouco confiáveis entre memória e ficção, lembrança e fantasia, autobiografia e literatura. O cerne do romance aborda principalmente a densidade relacional entre jovens, tão presente também entre nossos alunos. Trata-se da entrega ao outro, diálogo esse travado num recorte histórico crucial para o país. Se Martin Buber tivesse vivido em repúblicas de São Carlos, provavelmente as teria incluído em seu livro “Eu-Tu”, como exemplos de aprendizado afetivo e comprometido, de atenção profunda que busca a compreensão de si e do outro, da sociedade e da vida. Repúblicas dos anos 80. Certamente alguns dirão, mas as dos anos 90 e 2000 também. E outros também nos chamarão para a razão e complementarão que ainda hoje é assim, a vida estudantil e a juventude, são repletas de emoções fortes, de relacionamentos afetivo-amorosos, de descoberta dos próprios sonhos e de buscas para realizar as utopias sociais relacionadas ao bem-comum. O romance aqui apresentado busca reconstruir com alma, amor e humor, algo que não pode ser contado por nenhum outro discurso: nem o histórico, nem o político, nem o filosófico, nem o informativo... Fusão de vozes fundadoras, ele é a crônica de uma época em que o sonho existia tangível, a utopia era servida no bandejão, o amor acontecia naturalmente, como se abre uma flor. E era recheado de política, a arte de pensar os destinos da Polis: a cidade, o espaço público, o arrepio das votações, das quadras, das invasões, dos corpos, dos quadris, numa ciranda em que o eu e o outro se entrecruzam sem tédio, pois se pode escolher qual a mímica, qual a química, qual o aquário predileto.
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