Ciência em construção: Medicina europeia e suas representações sobre a prática médica no Império Otomano (Século XVIII)

Autores

Marina Juliana de Oliveira Soares
Faculdade Sesi

Palavras-chave:

Medicina Europeia, Medicina Islâmica, Práticas médicas, Século XVIII

Sinopse

Durante o período moderno, tornou-se ideia recorrente entre os europeus o atraso da ciência e da medicina desenvolvidas em terras islâmicas quando comparadas ao que se produzia na Europa. Isso se devia, principalmente, aos acontecimentos ocorridos ao longo do século XVII, período que ficaria conhecido como “Revolução Científica” e no qual foram produzidas novas interpretações sobre a natureza. A medicina, em suas atribuições teóricas e práticas, se viu afetada pelas novas ideias e também estimulou discussões em outros campos do saber. Para verificar o quanto a medicina no Oriente – em particular, no Império Otomano – era diferente daquela praticada na Europa, busquei analisar dois textos de médicos escoceses do século XVIII, os quais viajaram para Alepo e atuaram na cidade em dois momentos distintos. Para examinar tais fontes, era necessário, contudo, retornar àquelas da Antiguidade, a fim de procurar as bases sobre as quais se desenvolveu a medicina praticada na Idade Média latina, na sociedade árabe- islâmica, até chegar à modernidade. O resultado dessa análise nos revela os muitos contatos travados entre as sociedades do Mediterrâneo e as muitas similaridades entre a medicina praticada nessa região; o que leva a uma necessária reflexão sobre uma oposição estrita entre a medicina europeia e oriental.

Biografia do Autor

Marina Juliana de Oliveira Soares, Faculdade Sesi

Doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Mestrado em Língua, Literatura e Cultura Árabe pela Universidade de São Paulo (USP). Graduação em História pela Universidade de São Paulo (USP).

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Publicado

4 outubro 2021

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